A Palavra

28/07/2010 07:56

Uma palavra caída, caída entre o amor e o mar.

O mar a encharcava, quase fazia-a desaparecer

a pobre palavra persistia, mesmo no fundo tentava sobreviver.

Uma palavra caída, caída entre o amor e o mar

o amor a cariciava 

esquentava-a com teu calor

mesmo assim sentia-se sozinha. O amor não a tinha.

Uma palavra caída, caída entre o sol e a violência

o sol a reluzia, fazia-a  sentir-se elegante.

Mesmo assim, não era bela.

Uma palavra caída, caída entre sol e a violência,

a violência a detinha, uma palavra perdida...

Uma palavra perdida, perdia entre o álcool, a cocaína, o sexo e a fúria.

Uma palavra perdida na violência

Uma palavra sobrevoando a cabeça dos jovens

o álcool a fazia xingar.

A cocaína transportava-a para lugares indescritíveis.

Lugares que só quem a  usa sabe.

Uma palavra entre a fúria e o sexo

Uma bela jovem avistava, pelos cabelos agarrava-a e pro quarto levavam-nas

pobres jovens que estrupadas eram somente para o prazer ofertar

a vida, os sentimentos e emoção destas pobres não era preciso considerar

o importante era alcançar a satisfação da carne.

Jovens que sangravam a fúria dos jovens drogados.

Transpondo-lhes teus poderosos domínios e êxtases

jovens que eram objetos do prazer.

Uma palavra sem amor

uma palavra que a violência e farra admirava.

Uma palavra caída, entre as pedras da vida

sem alegria e sem vida e a procura de uma solução

Uma palavra que não comovia

a todos com sua dor...

Uma palavra que era simples

ela a todos tocava de forma misteriosa.

Uma palavra suave, uma palavra de amor, uma simples palavra.

A palavra vida que em todos desperta reações paradoxas.

Uma palavra que significa:

Paz, amor, felicidade, e ao mesmo tempo, prazer, violência, covardia.

 

Uma palavra que pode ser a essência da vida humana.