A Palavra
Uma palavra caída, caída entre o amor e o mar.
O mar a encharcava, quase fazia-a desaparecer
a pobre palavra persistia, mesmo no fundo tentava sobreviver.
Uma palavra caída, caída entre o amor e o mar
o amor a cariciava
esquentava-a com teu calor
mesmo assim sentia-se sozinha. O amor não a tinha.
Uma palavra caída, caída entre o sol e a violência
o sol a reluzia, fazia-a sentir-se elegante.
Mesmo assim, não era bela.
Uma palavra caída, caída entre sol e a violência,
a violência a detinha, uma palavra perdida...
Uma palavra perdida, perdia entre o álcool, a cocaína, o sexo e a fúria.
Uma palavra perdida na violência
Uma palavra sobrevoando a cabeça dos jovens
o álcool a fazia xingar.
A cocaína transportava-a para lugares indescritíveis.
Lugares que só quem a usa sabe.
Uma palavra entre a fúria e o sexo
Uma bela jovem avistava, pelos cabelos agarrava-a e pro quarto levavam-nas
pobres jovens que estrupadas eram somente para o prazer ofertar
a vida, os sentimentos e emoção destas pobres não era preciso considerar
o importante era alcançar a satisfação da carne.
Jovens que sangravam a fúria dos jovens drogados.
Transpondo-lhes teus poderosos domínios e êxtases
jovens que eram objetos do prazer.
Uma palavra sem amor
uma palavra que a violência e farra admirava.
Uma palavra caída, entre as pedras da vida
sem alegria e sem vida e a procura de uma solução
Uma palavra que não comovia
a todos com sua dor...
Uma palavra que era simples
ela a todos tocava de forma misteriosa.
Uma palavra suave, uma palavra de amor, uma simples palavra.
A palavra vida que em todos desperta reações paradoxas.
Uma palavra que significa:
Paz, amor, felicidade, e ao mesmo tempo, prazer, violência, covardia.
Uma palavra que pode ser a essência da vida humana.