Loucos por si, loucos interiormente

05/06/2010 07:55

Um barulho soa nos ouvidos

movimentos loucos pelos corredores

passos firmes vindo em nossa direção

noite sombria e de pouca luz

conversas silenciosas ao pé de um gramado

loucos vindo de toda parte

loucos vindos de todas as partes

barulho nos corredores

silêncio em meio a tanta confusão

silêncio como Não sei Só sei que loucos andam pelos corredores

    loucos encostados

    loucos encostados em muros cinzentos

    loucos fumando e loucos chupando pirulitos    

    loucos soutos pelos corredores claros    

    loucos conversando coisas normais    

     loucos pelos corredores silenciosos

    loucos comendo em meio a tanta agitação

Numa noite sombria loucos pelos corredores

loucos por saberem apenas que são seres humanos

existem loucos no palco  loucos nos corredores loucos na cantina

loucos no escurinho do colégio loucos

loucos bebendo água à frente de tanto barulho

loucos em meio a voz arrebentona do cd

loucos pensativos  o que os loucos pensam

loucos comendo comendo o que

loucos gordinhos pelos corredores sombrios

lloucos chegando

loucos saindo

loucos rindo

loucos chorando

loucos loucos são todos loucos

a luz se apaga todos zoam a loucura

as luzes se ascendem todos se assustam das loucuras

loucos que se assustam com si próprio

que loucos são estes

loucos que temem pelos animais

loucos que tem medo da violência

estes são os loucos do Brasil

os loucos do interior

lsão loucos que vagam em suas mentes vazias

lsão loucos que não sabem o que querem

são os loucos do inverno

loucos que com frio ficam sem roupa

são os loucos do outono

que arrancam as flores das plantas

são os loucos da primavera que varrem as folhas

folhas secas que esparrmam pelo chão

são os loucos do verão

loucos que se cobrem dos pés a cabeça de tanto frio que sentem

são os loucos das quatro estações

são os loucos que morrem a vida

e vivem a morte