Loucos por si, loucos interiormente
Um barulho soa nos ouvidos
movimentos loucos pelos corredores
passos firmes vindo em nossa direção
noite sombria e de pouca luz
conversas silenciosas ao pé de um gramado
loucos vindo de toda parte
loucos vindos de todas as partes
barulho nos corredores
silêncio em meio a tanta confusão
silêncio como Não sei Só sei que loucos andam pelos corredores
loucos encostados
loucos encostados em muros cinzentos
loucos fumando e loucos chupando pirulitos
loucos soutos pelos corredores claros
loucos conversando coisas normais
loucos pelos corredores silenciosos
loucos comendo em meio a tanta agitação
Numa noite sombria loucos pelos corredores
loucos por saberem apenas que são seres humanos
existem loucos no palco loucos nos corredores loucos na cantina
loucos no escurinho do colégio loucos
loucos bebendo água à frente de tanto barulho
loucos em meio a voz arrebentona do cd
loucos pensativos o que os loucos pensam
loucos comendo comendo o que
loucos gordinhos pelos corredores sombrios
lloucos chegando
loucos saindo
loucos rindo
loucos chorando
loucos loucos são todos loucos
a luz se apaga todos zoam a loucura
as luzes se ascendem todos se assustam das loucuras
loucos que se assustam com si próprio
que loucos são estes
loucos que temem pelos animais
loucos que tem medo da violência
estes são os loucos do Brasil
os loucos do interior
lsão loucos que vagam em suas mentes vazias
lsão loucos que não sabem o que querem
são os loucos do inverno
loucos que com frio ficam sem roupa
são os loucos do outono
que arrancam as flores das plantas
são os loucos da primavera que varrem as folhas
folhas secas que esparrmam pelo chão
são os loucos do verão
loucos que se cobrem dos pés a cabeça de tanto frio que sentem
são os loucos das quatro estações
são os loucos que morrem a vida
e vivem a morte